Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Em homenagem ao Mês Internacional da Mulher, a Casa Brasil IBGE SUDENE recebeu a maestrina Naize Abreu Siqueira, uma voz poderosa na música e na cultura pernambucana. Com uma trajetória que se estende por 33 anos, Naize é uma das fundadoras do Bloco Lírico "Eu Quero Mais", junto com Nilzo Nery, Carmen Andrade, Margareth Cavalcante e Leone Correia (atual Presidente do Bloco) e a coordenadora do projeto "Elas Cantam Gonzaga", ambos voltados para a valorização da cultura local e o empoderamento feminino. Além de ser Presidente da Associação dos Amigos do Museu da Cidade do Recife (AMUC) e Diretora cultural da cidade de Vitória de Santo Antão.

Maestrina Naize Abreu Siqueira

Naize compartilha que a ideia de criar o "Eu Quero Mais" surgiu da necessidade de oferecer uma nova opção durante e após o Carnaval, com o objetivo de perpetuar a tradição dos blocos líricos pernambucanos. "Acredito que não há Carnaval em Pernambuco sem o 'Eu Quero Mais'", afirma, destacando a importância de sua orquestra na preservação da cultura local. E, destaca que O bloco Eu quero mais é um dos pouquíssimos blocos, ou o único a ter em sua orquestra o violino. Naise afirma também que o bloco possui um coral composto por sete mulheres conforme a tradição secular.

A Casa Brasil, com seu papel vital como repositório de memória e tecnologia, oferece acesso a trilhões de informações e dados confiáveis do IBGE. Esses dados são essenciais para compreender a realidade social e cultural do Brasil e subsidiar a formulação de políticas públicas eficazes. Segundo Naize, "a Casa Brasil é um local onde os dados são revelados e onde as políticas públicas podem ser construídas de forma sustentável e confiável", destacando a importância de utilizar informações precisas para promover a inclusão e o empoderamento, especialmente para as mulheres, que representam cerca de 43% dos cargos gerenciais no Brasil, conforme dados do IBGE. Essa base estatística é fundamental para garantir que as iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável sejam bem fundamentadas e atendam às necessidades da população.

Naize ressalta que coordenar um grupo de mais de 70 pessoas, incluindo 30 músicos, apresenta desafios únicos. "É fundamental ter amor pelo que fazemos para contornar conflitos e manter a harmonia", explica, enfatizando que o respeito mútuo e a empatia são essenciais para o sucesso do grupo. Neste contexto, a crescente valorização da cultura local, impulsionada por projetos como o "Calçada Cultural", contribui para promover artistas e agremiações, proporcionando oportunidades para todos divulgarem seus trabalhos. "Quando o público aplaude nosso trabalho, isso traz visibilidade e valoriza o que fazemos", destaca Naize.

A estatística da SUDENE, Gabriela; a maestrina Naize Abreu Siqueira; e Marcia Carneiro da Casa Brasil IBGE SUDENE

Com um olhar voltado para o futuro, Naize inspira outras mulheres a seguirem seus sonhos. "Sonhar é fundamental. A música traz oportunidades incríveis", afirma, lembrando sua experiência de levar o frevo à ONU (Organização das Nações Unidas) em Paris. Neste mês de março, celebramos não apenas as conquistas de Naize, mas de todas as mulheres que, como ela, fazem a diferença na construção de um mundo mais justo e sustentável. Que possamos sempre apoiar e inspirar umas às outras, promovendo a igualdade e celebrando nossas conquistas.