As informações a seguir descrevem os metadados estatísticos, que são o conjunto de conceitos, métodos e aspectos relacionados às estatísticas, e são informações necessárias para compreender as características e a qualidade das estatísticas e interpretá-las corretamente.
Informações Gerais
Objetivo
O Sistema de Contas Nacionais apresenta informações sobre a geração, distribuição e uso da renda no País. Há também dados sobre a acumulação de ativos não financeiros e sobre as relações entre a economia nacional e o resto do mundo.
As Contas Nacionais Trimestrais apresentam os valores correntes e os índices de volume (média de 1995=100), trimestralmente, para o Produto Interno Bruto a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços; bem como as Contas Econômicas Integradas e a Conta Financeira Trimestral.
Tipo de operação estatística
Sistema de contas nacionaisTipo de dados
Outro tipo de dadosPeriodicidade de divulgação
TrimestralMetodologia
Os dados das Contas Nacionais Trimestrais (CNT) são apresentados em valores correntes, valores constantes (a preço de 1995), taxas de variação e séries encadeadas de índices de volume. Os dados são compilados pelas óticas da produção (oferta) e da despesa (demanda) e cobrem toda a economia brasileira, bem como a sua relação com o resto do mundo.
O Produto Interno Bruto (PIB), em valores correntes, mede a renda total gerada pela economia no trimestre. Os dados trimestrais são ajustados para os totais anuais (Sistema de Contas Nacionais Anuais- SCN), usando o procedimento estatístico de benchmarking (Denton).
As estimativas das CNT seguem as recomendações internacionais reunidas no mais recente manual das Nações Unidas - Sistema de Contas Nacionais (SNA 2008).Todas as transações definidas no SNA para a produção (transações mercantis e não mercantis) são registradas em regime de competência, exceto as receitas do governo, que são registradas em regime de caixa.
Todas as séries das CNT são divulgadas em três grupos de atividades (Agropecuária, Indústria e Serviços). A Indústria é desagregada nos seguintes subgrupos: Indústrias extrativas; Indústrias de transformação; Construção e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. Por sua vez, os Serviços são desagregados da seguinte forma: Comércio; Transporte, armazenagem e correio; Informação e comunicação; Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; Atividades imobiliárias; Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social; e Outras atividades de serviços.
Os dados da demanda final são divulgados desagregados no Consumo das Famílias, Consumo do Governo, Formação Bruta de Capital Fixo, Importações e Exportações.
A classificação segue a CNAE 2.0, compatível com a ISIC revisão 4. Os dados para todas as séries são dessazonalizados pelo método X13-Arima.
A cobertura geográfica compreende todo o país.
Técnica de coleta:
Não se aplicaTemas
Temas e subtemas
Contas Nacionais, Estatísticas macroeconômicasPrincipais variáveis
Produto Interno Bruto a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor relacionado a preços básicos, consumo pessoal, formação bruta de capital fixo, exportações e importações. Divulgadas em valores correntes, índices de base fixa trimestral (média de 1995=100) com e sem ajuste sazonal; taxas comparando trimestre com igual trimestre do ano anterior e com o imediatamente anterior e variação acumulada até o trimestre com igual período do ano anterior e nos últimos quatro trimestres.Unidades de informação
Unidade de investigação
Não se aplicaUnidade de análise
Não se aplica Unidade informante
Não se aplica.Períodos de referência
Trimestre - 01/10/2021 a 31/12/2021
Disseminação
Formas de disseminação
Publicação Digital (online)Nível de desagregação geográfica
NacionalNível de divulgação
Resultados produzidos em âmbito nacional.
Divulgação para 12 atividades econômicas e componentes do PIB pela ótica da demanda.Histórico
O Sistema de Contas Nacionais Trimestrais foi desenvolvido em dois períodos bem-definidos. A metodologia adotada para o cálculo do Produto Interno Bruto - PIB do primeiro período era coerente com o Sistema de Contas Nacionais Consolidado, desenvolvido e calculado
pelo Centro de Contas Nacionais, da Fundação Getulio Vargas - FGV, até o ano de 1986. A partir do mês de dezembro do ano citado, o IBGE assumiu a responsabilidade pelo cálculo das Contas Nacionais, visto que já vinha desenvolvendo, desde a década de 1980, projeto de implementação
de um sistema de contas mais completo, integrando as Tabelas de Recursos e Usos (Tabelas de Insumo-Produto) ao corpo central do Sistema, conforme recomendações do Sistema de Contas
Nacionais das Nações Unidas. O período seguinte é caracterizado pela integração ao Sistema de Contas Nacionais, calculado pelo IBGE, de acordo com as recomendações das Nações Unidas expressas nos manuais System of national accounts - SNA 1993 e 2008.
Os dados trimestrais do primeiro período, ajustados aos do Sistema de Contas Nacionais Consolidado eram restritos à apresentação dos índices de volume da produção das atividades econômicas, considerando que o PIB a preços de mercado tivesse a mesma variação que o total de produção.
Nesse período, os índices eram publicados para as seguintes atividades: Agricultura, Extrativa Mineral, Transformação, Construção,Serviços Industriais de Utilidade Pública e Serviços. Da agregação desses grupos, obtinha-se o valor adicionado a preços básicos. Como não se dispunha de um procedimento que calculasse um índice de volume para os impostos sobre produtos, admitia-se que estes variassem com o valor adicionado a preços básicos, ou seja, a variação do PIB era a mesma do valor adicionado a preços básicos.
As séries eram calculadas com os pesos e a base de comparação fixos em 1980, por meio da formulação de Laspeyres. O ajustamento sazonal era feito com o método X11 aplicado aos subsetores em seu modo default. Os setores eram calculados por combinação linear dos subsetores com os pesos de 1980.
No segundo período, a partir de dezembro de 1997, o IBGE passou a divulgar o Sistema de Contas Nacionais, com base nas recomendações do SNA 1993, apresentando Tabelas de Recursos e Usos - TRU anuais. Com a disponibilidade da série do Sistema de Contas Nacionais desde 1990, os índices trimestrais passaram a ser calculados admitindo como peso o valor adicionado a preços básicos do ano anterior. Este procedimento de atualização dos pesos é definido como base móvel.
A metodologia de estimação dos índices, no entanto, continuava admitindo que a variação do valor adicionado a preços básicos era obtida dos índices da produção por atividade econômica.
A série de índices encadeados, calculada a partir dos índices base móvel, passou a ser divulgada também, porém, com base de referência em 1990 (1990=100).
O ajuste sazonal passou a ser feito pelo método direto X-12-ARIMA, programa de ajustamento sazonal do U. S. Census Bureau, em cada uma das séries encadeadas. A opção por dessazonalizar cada série é uma necessidade da perda da propriedade de aditividade nas séries encadeadas.
Essas mudanças permaneceram inalteradas até setembro de 2001.
Durante o ano de 2001, desenvolveu-se uma adaptação da metodologia adotada nas contas anuais para o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. O novo procedimento, implementado a partir de setembro de 2001, possibilitou a divulgação de índices de volume para os impostos sobre produtos; para o PIB; para os componentes da demanda final (despesa de consumo final das famílias, despesa de consumo final do governo, exportações de bens e serviços, formação bruta de capital fixo e variações de estoques) e para as importações de bens e serviços. Além da adoção desse novo procedimento, os dados foram divulgados em valores correntes.
A partir do quarto trimestre de 2002, foram elaboradas e divulgadas as Contas Econômicas Integradas - CEI trimestrais para a economia brasileira e, no primeiro trimestre de 2003, divulgada a conta financeira trimestral.
Em março de 2007, foi divulgada a nova série das Contas Nacionais Trimestrais - referência 2000 totalmente compatível com a reformulação implementada no Sistema de Contas Nacionais. O Sistema de Contas Nacionais Trimestrais passou a ser divulgado em uma única publicação trimestral, em torno de 60 dias após o fechamento do trimestre, englobando as séries em volume e valores correntes, totalizando quatro divulgações no ano.
O IBGE, em março de 2015, publicou os resultados da nova série das Contas Nacionais Trimestrais – referência 2010, em conformidade com as recomendações do manual internacional SNA 2008 adotadas no Sistema de Contas Nacionais. As principais modificações em relação à série anterior são: mudança de classificação de produtos e atividades, passando a ser integrada à Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0 do IBGE; atualizações de conceitos e de alguns algoritmos de cálculo e introdução de novas fontes de dados e o uso do X-13 ARIMA para o ajuste sazonal.
O Sistema de Contas Nacionais Trimestrais passou a publicar, na divulgação do quarto trimestre de cada ano, a Tabela de Recursos e Usos (12X12) em valores correntes para o ano.
Saiba mais
https://metadados.ibge.gov.br/consulta/estatisticos/operacoes-estatisticas/ST